Usinas de pequeno porte, com capacidade instalada entre 1MW e 30MW, as PCH, ou Pequena Central Hidrelétrica, são conhecidas por gerarem menos impactos ambientais e se prestarem à geração descentralizada. Apesar de já ser utilizada em alguns rios de pequeno e médio porte e atrair muitos investidores, a sociedade em geral ainda desconhece seus benefícios e, principalmente, como funciona uma PCH.
Mais viável na questão ambiental, esse tipo de usina é instalada próxima à superfície, normalmente, em locais que possuam desníveis significativos durante seu percurso, gerando potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas.
Com um funcionamento que se assemelha ao de uma usina hidrelétrica de grande porte, é formada por barragem, sistemas de captação e adução de água, casa de força e sistema de restituição de água ao leito natural do rio.
Uma PCH costuma operar a fio d’água, ou seja, o reservatório não permite a regularização do fluxo d’água. A pequena barragem desvia o curso do rio para o canal de adução. Como a barragem é de desvio e, com altura suficiente apenas para permitir a entrada de água, pouca água é armazenada – com isso, não é possível armazenar água excedente do período de chuvas para utilização no período seco.
A barragem de PCH possui geralmente uma ou mais comportas de fundo, utilizadas para:
• Permitir a saída de um percentual da vazão total do rio denominada vazão sanitária ou vazão residual;
• Permitir a descarga de areia do reservatório, amenizando os problemas de assoreamento.
• Evitar o alagamento indesejável de outras estruturas da barragem;
• Diminuir o assoreamento que ocorre em virtude do material trazido pelo rio.
Basicamente, em outras palavras, o funcionamento é igual ao das hidrelétricas de grande porte. O movimento da água é transformado em energia mecânica e, posteriormente, ao passar pelas turbinas, em elétrica. Os geradores convertem essa energia elétrica na eletricidade que abastece casas, ruas e cidades.