Tudo o que fazemos causa algum tipo de impacto no planeta. Alguns são maiores e contribuem com a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e com o aquecimento global. Dimensionar a quantidade desse impacto e buscar uma maneira de neutralizá-lo é o objetivo da chamada de compensação (ou neutralização) de carbono.
Na prática, estima-se quanto uma empresa, por exemplo, lançou de GEE na atmosfera e calcula-se quantas árvores ela precisa plantar para compensar esse impacto. As mudas utilizadas normalmente são de espécies nativas de um determinado local, como a mata atlântica. É preciso ter alguma relevância ecológica para se fazer o plantio, não pode ser em qualquer lugar.
A neutralização é possível devido ao processo natural das plantas que, durante o crescimento, absorvem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e liberam o oxigênio. Durante o processo, o carbono é fixado em toda a árvore: troncos, galhos, folhas e raízes. Ele só será liberado à atmosfera caso a árvore seja queimada ou se decomponha naturalmente. Uma árvore nativa da mata atlântica, por exemplo, leva cerca de 40 anos para crescer. Durante esse período, ela consegue absorver mais carbono do que emiti-lo – por meio da respiração.
A ideia da neutralização de carbono começou a ser discutida após os alertas do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) acerca da questão do aquecimento global. O CO2 é o principal poluente entre os gases de efeito estufa.
Alguns sites como o Pegada Ecológica da Ong WWF-Brasil, o O Eco e o site da ONG Iniciativa Verde ajudam a calcular esse número de emissões de carbono. Neles, dá para termos uma ideia de quantas árvores cada um de nós precisaria plantar. O resultado é com base no estilo de vida, no que fazemos e no que consumimos.