Agricultura Sustentável
Foto: walmartcorporate

“Sustentabilidade”, palavra que deveria ser aplicada em todas as comunidades brasileiras. Produzir seu próprio alimento de forma orgânica, limpa e sustentável é a principal definição da soberania alimentar. A diversidade de alimentos produzidos, sem fertilizantes, em pequena escala, sem depender dos grandes mercados, buscando o equilíbrio ambiental não é simplesmente um ideal, mas uma necessidade de diversas famílias.

A soberania alimentar tem a ver com a cultura de cada lugar, hábitos alimentares e respeito ao meio ambiente. O feijão preto, por exemplo, é comumente consumido no Rio de Janeiro e o feijão de corda, um prato tipicamente nordestino, alimentos com propriedades nutritivas semelhantes, porém típicos de cada região. Então, qual a necessidade de consumir alimentos produzidos em outras localidades, vendidos por grandes mercados e assim desfavorecer a produção local?

O objetivo da soberania alimentar vem de encontro com a segurança alimentar, que nada mais é do que garantir alimentação para a população sem se preocupar com sua origem e cultura.

O impacto na sociedade é visível quando seus hábitos e costumes são alterados erroneamente. É importante preservar a cultura local. Toda comunidade, seja de qual região for, tem o direito de produzir seus alimentos saudáveis, de acordo com sua cultura, usando os conhecimentos e recursos locais e consumir alimentos a preços acessíveis. Isto também é sustentabilidade. Produzir e consumir de forma consciente!

Colheita
Foto: afe

O uso de agrotóxicos muda a estrutura do alimento, além de trazer inúmeros prejuízos para o organismo humano. A produção em grande escala faz com que produtores utilizem fertilizantes em excesso, alterando as propriedades naturais dos alimentos. E a soberania garante uma alimentação mais saudável, sem contaminação do solo e da água, produzidos de forma orgânica e natural. É possível cultivar alimentos utilizando insumos naturais como adubos à base de plantas. Isso também é respeito ao meio ambiente.

Os produtores comunitários conhecem as técnicas corretas de colheita, produção, armazenagem, fertilização do solo, observando detalhes importantes como fases da lua para colheita, época do ano ideal para cada cultivo, colheita e métodos naturais para evitar pragas. Além disso, os produtos não são produzidos em excesso, com o intuito de venda em escala, mas para o consumo das comunidades locais.

Soberania alimentar é garantir que todas as pessoas possam comer, preservando seus costumes e cultura, de forma natural e saudável e, acima de tudo, sustentável, buscando também a preservação ambiental. Não é regredir ao passado, mas dar oportunidade de uma qualidade melhor de vida para todos.