Há quase 15 anos liberados para produção em série no Brasil, os alimentos transgênicos, até hoje, são alvos de intensas discussões entre defensores e opositores à sua utilização. Recentemente, a Academia Nacional de Ciências norte-americana apresentou dados de uma pesquisa que promete agitar os debates a respeito do seu consumo.
De acordo com o relatório gerado, após uma série de 900 estudos científicos realizados com os transgênicos, um grupo de pesquisadores, liderado pelo professor universitário Fred Gould, concluiu que os alimentos geneticamente modificados (OGMs) não possuem diferenças com os alimentos tradicionais – pelo menos não no ponto de vista da saúde.
O estudo aponta ainda que nenhuma prova conclusiva confirma que, de fato, os alimentos transgênicos causem impacto negativo no meio ambiente.
Dentre as grandes qualidades e características analisadas, a defesa natural dos transgênicos a pragas comuns chamou muito atenção dos pesquisadores. Desta forma, os agricultores não precisarão manter a mesma quantidade de agrotóxicos que vêm utilizando em suas plantações.
Em contrapartida, a defesa dos OGMs contra herbicidas e outros produtos químicos faz com que plantas e insetos também se tornem mais resistentes (o que levaria os produtos a utilizarem mais agrotóxicos nas lavouras).
Fato é que o consumo de transgênicos beneficiaria milhares de pessoas que sofrem com a falta de nutrição no organismo, já que alimentos cultivados desta maneira possuem níveis mais elevados de vitaminas e outros nutrientes do que alimentos tradicionais.