Em Lesoto, sul da África, o casal Stephen e Alice Walker desenvolveu um fogão portátil movido a biomassa (combustível limpo). Além de ser econômico, a grande vantagem do ACE 1 (African Clean Energy) é que não há produção de fumaça.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que a fumaça gerada por fogareiros é extremamente tóxica e que seja responsável pela morte de 4 milhões de pessoas anualmente.
O ACE 1 se torna uma alternativa sustentável e benéfica para a saúde, pois utiliza restos de madeira, esterco de animais, palha de milho ou mesmo aglomerados de madeira e briquetes, feitos a partir de sobras de materiais, como serragem, resíduos florestais ou agrícolas.
Além de necessitar de aproximadamente 70% menos combustível para funcionar do que fogões portáteis tradicionais, o fogão portátil foi projetado internamente com telhas cerâmicas, o que retém o calor por muito mais tempo.
Segundo o diretor comercial do African Clean Energy, Ruben Walker, nas casas onde ainda se usam fogareiros, 25% do orçamento familiar é gasto com a compra de combustível. Dessa forma, com a economia gerada pelo uso do ACE 1, as crianças podem ir para a escola e as mulheres conseguem trabalhar.
Desde 2011, quando o projeto foi iniciado, dezenas de fogões foram doados, principalmente para algumas famílias da África. Por ser uma tecnologia mais barata e sustentável, os criadores do ACE 1 querem comercializá-lo no mundo todo para reduzir a pobreza em países da Ásia, Índia e inclusive, no Brasil, promovendo o desenvolvimento destas comunidades.