Com os problemas ambientais cada vez mais evidentes, cientistas vem trabalhando para encontrar soluções para mitigar o impacto dos combustíveis fósseis em todo o mundo. Isso porque, tanto o processo de produção quanto a utilização, em diferentes setores da economia, dão origem a subprodutos quase sempre tóxicos e que poluem ainda mais a cada de ozônio.
Após inúmeras tentativas com energia solar e eólica, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos (EUA), anunciaram em fevereiro um novo método de fabricação de combustível. Trata-se da transformação da luz solar e do ar em isopropanol (C2H8O), também conhecido como álcool isopropílico.
O grupo liderado pelo professor Daniel Nocera apelidou o artefato de “folha artificial”, ou “folha biônica”. Feita a partir de materiais relativamente baratos e acessíveis, ela também consegue produzir o oxigênio e hidrogênio.
Além de combustível, o produto resultante é utilizado em diversos setores, como na indústria gráfica, como solvente, e em produtos de limpeza.
Após os testes finais e em maior escala, os pesquisadores pretendem superar a capacidade da “folha biônica” para converter a energia solar em biomassa com uma eficiência de 5%, em comparação à taxa natural de 1% de eficiência.
Como funciona?
O processo imita a fotossíntese das plantas, já que os catalisadores permitem usar a energia solar para dividir a água em hidrogênio e oxigênio. Dessa forma, o hidrogênio é então assimilado pela bactéria Ralstonia eutropha, que usa uma enzima para convertê-lo de volta para prótons e elétrons.
Este processo cria imediatamente mais células, combinando os prótons e elétrons digeridos com dióxido de carbono. Em seguida, são gerados novos componentes na bactéria, metabolicamente desenvolvidos para criar o isopropanol, o que aumenta a capacidade.