À medida que os efeitos do aquecimento global começaram a prejudicar a qualidade de vida e as atividades da humanidade, as atenções foram direcionadas para o desenvolvimento de projetos para a preservação e conservação do meio ambiente, economia dos recursos naturais e mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Atualmente, para reduzir os impactos infligidos ao planeta, empresas de pequeno, médio e grande porte (como Amanco, Natura e Perdigão) têm investido na implantação de boas práticas de sustentabilidade.
No Brasil, algumas organizações já apostam na criação de ações verdes, como a companhia BRF, que promove o uso racional da água e o Instituto do Câncer do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), que apoia a diminuição do consumo de papel. Já a mineradora Kinross Gold Corporation conduz programas de coleta seletiva e a Avon atua na difusão de conhecimento ecológico no gerenciamento da cadeia de suprimentos (que abrange o trato de matérias-primas até o fornecimento aos clientes).
Porém, embora o setor de serviços e produtos de baixo impacto ambiental estejam em expansão no mercado nacional, os preços apresentados ainda estão altos. Seguindo esta tendência, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apontou que há discrepância de até 463% entre os alimentos orgânicos, podendo tornar os artigos deste seguimento incompatíveis com a renda das famílias de classes menos abastadas.
Contudo, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), que entrevistou 10.368 pessoas de sexo e classes sociais diferentes em nove cidades do País, de 2011 a fevereiro de 2012, revelou que 70% dos indivíduos estão dispostos a pagar por produtos que não causem danos ambientais. Além disso, o estudo realizado pelo Ibope indicou que 61% dos cidadãos brasileiros mudariam seu estilo de vida para beneficiar a natureza.
Sendo assim, o desenvolvimento de artigos e procedimentos ecologicamente corretos se faz extremamente necessário para o planeta e conta com o apoio da sociedade em geral. Entretanto, as incertezas regulatórias têm sido responsáveis pelo atraso da inclusão de boas práticas na rotina das corporações, isto é, uma oportunidade para a contratação de consultorias focadas na gestão sustentável, um setor em ascensão.
Exemplo disso é a Arator, criada em 2009, companhia especializada na criação de estratégias, implementação de projetos e metas e produção de relatórios, seguindo os padrões indicados pelo Global Reporting Iniciative (GRI). Com utilidade certa para a manutenção de uma atmosfera saudável e progressiva demanda por serviços, que vão de pequenos empresários até grandes organizações, o empreendimento registrou crescimento de 10% em 2013.
Portanto, além de essencial para a conservação da Terra, o investimento em sustentabilidade otimiza procedimentos, reduzindo despesas e os índices de emissão de poluentes lançados à natureza, e pode ocasionar a valorização das empresas, através de ferramentas como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa, gerando futuros retornos financeiros.