Entenda o impacto de cada um e faça a escolha mais sustentável.
Com o avanço da tecnologia, vários materiais que estamos habituados a usar ganharam uma versão eletrônica. É o caso dos livros, lidos em papel ou em dispositivos eletrônicos, como os e-books, tablets, celulares ou e-readers. O e-book surgiu com a ideia de ser mais prático e sustentável, já que não usa folhas para sua produção. Mas, você sabe se ele é realmente a melhor opção?
Cheiro bom é cheiro de livro novo
Imagina aquele livro que você estava esperando ansiosamente chegar em casa. Só de folhear aquelas páginas novinhas, já dá vontade de devorar o exemplar todo! Esse é um dos argumentos que explicam o porquê desse hábito dos leitores dos livros de papel resistirem aos avanços tecnológicos. E mais: depois de passar o dia todo trabalhando em frente ao computador, não é relaxante nem prazeroso ler um PDF diante de mais uma tela. Além disso, fazer anotações no papel, dobrar a folha, destacar trechos do texto são formas de interação que fazem parte da própria leitura.
Só que a imensidão de cultura dos livros tem um custo ao meio ambiente. Sua produção consome dois quilowatts-hora de combustíveis fósseis e aproximadamente 7,5 quilogramas de dióxido de carbono. As indústrias de publicação de jornais e livros consomem 153 bilhões de litros de água a cada ano. A produção de tinta para impressão libera compostos orgânicos voláteis na atmosfera, o que pode agravar a poluição atmosférica.
Mas o grande problema dos livros físicos é que, devido à tinta e à cola para unir as páginas, eles não podem ser reciclados – mesmo sendo feitos basicamente de papel. Se você não quiser em sua biblioteca, a atitude mais sustentável é doá-lo para sebos, ONGs, escolas etc.
Tecnologia à favor dos amantes (não tão tradicionais) dos livros
Os e-books foram criados pensando em diminuir a quantidade de papel e, consequentemente, a quantidade de árvores que são usadas no processo. Logo se tornou a preferência entre os jovens. A facilidade de acesso, o peso, o tamanho que ocupa na bolsa e a capacidade de armazenamento, além de poder aumentar o tamanho do texto, marcar e localizar os trechos mais facilmente são os pontos positivos.
O processo de fabricação de um leitor eletrônico emite 100 vezes menos gases de efeito estufa em comparação ao livro de papel. Só que a produção de um e-reader consome aproximadamente 100 quilowatts-hora de combustíveis fósseis, gera mais de 29 kg de dióxido de carbono (um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas) e também utiliza produtos químicos tóxicos, que resultam em emissões que podem piorar a asma e aumentar o risco de morte prematura.
Afinal, qual escolher?
Tudo depende. Depende do livro, do leitor, da quantidade de livros e do que você costuma ler por ano. Tanto o livro físico quanto o aparelho para a leitura dos livros digitais, causam diversos impactos no meio ambiente.
A Green Press Iniciative, organização americana que trabalha questões de conservação ambiental nas indústrias de livros e jornais, publicou um relatório com a comparação entre as versões físicas e digitais.O resultado da análise não é extremamente preciso, mas dá para o leitor ter uma ideia do que é menos nocivo para o meio ambiente, levando em consideração seu hábito de leitura. Se você lê até 30 livros em um ano, consumir os de papel é menos impactante para o meio ambiente. Mas, se o seu costume é devorar entre 60 e 90 obras em apenas 365 dias, então prefira os eletrônicos.
Se optar pelo leitor eletrônico, lembre de utilizá-lo até o final da sua vida útil. Não só porque saiu uma versão nova que é preciso trocá-lo se ele ainda funciona, né? Além disso, é importante fazer o descarte correto quando o equipamento não for mais utilizado. Geralmente, no site da marca há os pontos de coleta.
A biblioteca da sua cidade é uma ótima opção para quem gosta de ler sentindo a textura das folhas e não quer deixar de ser sustentável. Você também pode optar por comprar livros usados em sebos.
O importante aqui é continuar com seu hábito de leitura sem se descuidar do meio ambiente.
Fontes: The Hugger | Super Interessante | Made