Jogar a bituca no chão após fumar um cigarro é uma atitude recorrente, mas ao que parece, pelo menos em Londres, pode acabar em breve. Isso porque, para reverter a situação, a associação sem fins lucrativos britânica Hubbub, lançou uma infraestrutura para recolher os cigarros dos londrinos.
Com o objetivo de atrair cada vez mais pessoas, o equipamento, localizado na saída da estação de metro de Embankment, no centro da cidade, tem dois pontos para colocar as bitucas, que correspondem às alternativas de resposta a uma pergunta que o próprio “objeto” coloca. As perguntas variam a cada semana. Na última semana a pergunta era: “qual o melhor jogador do mundo: Messi ou Ronaldo?”
A iniciativa tem agradado os fumantes que se divertem e, ainda, colaboram com a sustentabilidade da cidade. Além da poluição, estes resíduos têm um custo muito elevado, devido à sua alta toxicidade – uma bituca pode contaminar até seis litros de água, o que torna o processo de descontaminação muito custoso.
Outros países também mantém iniciativas
Em Paris, apesar de a estrutura ainda não estar disponível, a prefeitura tomou uma atitude drástica: quem jogar bituca na rua pode ser multado em até 68 euros (R$ 221) por sujar os espaços públicos.
Para isso, a cidade deve receber mais de 30 mil pequenos cinzeiros acoplados às lixeiras de toda a cidade.
Atualmente, a capital francesa recolhe e incinera mais de 315 toneladas de cigarro por ano. Este decreto corresponde a uma reivindicação feita ao Ministério do Interior pelo ex-prefeito socialista Bertrand Delanoë, em 2012, e ratificada pela atual prefeita, sua correligionária Anne Hidalgo.
Já nos Estados Unidos o destaque é a empresa TerraCycle, do empresário americano Tom Szaky – ele foi o responsável pelo primeiro programa de reciclagem de bitucas de cigarro, que tem como objetivo transformá-las em plástico para servirem de matéria-prima para outros produtos.
Para que a reciclagem seja realizada, há varias etapas. Na primeira, empresas, pessoas e organizações coletam o resíduo e o enviam, de graça, para a sede nacional da TerraCycle. De lá as cinzas vão para a esterilização e dissecação. Em troca disso, os voluntários ganham pontos para poder financiar projetos de instituições de caridade ou escolas.