Medida visa implementar sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo, para que componentes perigosos como metais e ácido, fiquem afastados de aterros, dos rios e afluentes e de incineradores de lixo urbano.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou na última quarta-feira (14), em São Paulo, um acordo com organizações setoriais como a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat-BR), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), para implementar o sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo.
O acordo prevê metas e responsabilidades para os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e recicladores, desde a coleta, acondicionamento, transporte, reciclagem até a disposição final desses produtos inservíveis. A iniciativa tem abrangência nacional e já começa com metas acima de 60% para todas regiões do Brasil.
O órgão e as organizações esperam possibilitar o recolhimento e envio para reciclagem de mais de 16 milhões de baterias automotivas de chumbo, também conhecidas como baterias chumbo ácido. Com isso, haverá reciclagem de mais de 153 mil toneladas de chumbo todos os anos. “Além de prevenir a contaminação do solo e das águas, a logística reversa reduz a dependência da importação de chumbo para a fabricação de novas baterias, sendo um exemplo de sustentabilidade não apenas ambiental, como também social e econômica”, disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O acordo setorial representa mais uma entrega do Programa Lixão Zero, lançado em abril deste ano no âmbito da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, que objetiva melhorar a vida das pessoas nas cidades.
*Com informações do Ministério do Meio Ambiente