Apesar de o termo sustentabilidade ser hoje bastante comum, o conceito é relativamente recente nas sociedades, universidades e nas indústrias. Foi a partir das décadas de 1960 e 1970 que os problemas ambientais começaram a se tornar uma questão mais séria no mundo e os acidentes ambientais, que começavam a acontecer, chamaram a atenção dos grupos organizados da sociedade, das autoridades e de empresários e cientistas preocupados com as consequências destes problemas para o planeta.
Na década de 1980 a ONU patrocinou uma conferência que trouxe como resultado a definição que hoje traduz este conceito. A sustentabilidade é uma preocupação não só para as gerações atuais, mas também para as futuras. Precisamos equilibrar as ações econômicas com as ambientais e sociais, pois só assim nosso planeta poderá ser a nossa casa por muito tempo ainda.
Com essa preocupação, a sociedade organizada, os governos e as instituições internacionais começaram a discutir e colocar em ação planos de mudanças para as questões ambientais e sociais, que começou a ser chamado de Responsabilidade Sócio-Ambiental – RSA.
Alguns setores da indústria, por serem geradores de grandes impactos, pois utilizam de forma intensiva os recursos naturais e produzem grandes quantidades de resíduos, foram os primeiros a buscarem soluções que pudessem minimizar seus impactos negativos. É nesta época que começam a surgir os primeiros Sistemas de Gestão Ambiental – SGA, que buscavam e ainda buscam conhecer os problemas ambientais e sociais da empresa e propor meios para a sua redução.
Foi neste cenário que a Conferência do Rio, a ECO 92, ampliou as discussões, tornando o tema “sustentabilidade” mais acessível a uma grande parcela da população, introduzindo-o como matéria nas escolas e sendo compreendido pela mídia, principalmente a não especializada no tema.
É da ação conjunta entre empresas, sociedade, governos e ciência que nossa sociedade de consumo pode buscar novos caminhos, novas formas de produzir e de consumir e principalmente de como nossa sociedade precisa mudar para que possamos ter o equilíbrio necessário para a sobrevivência do planeta, o nosso lar.”
Passados alguns anos, as pessoas começam a perceber que o equilíbrio entre meio ambiente, as responsabilidades sociais e ganhos econômicos justos, são a resposta para um planeta mais saudável, hoje e amanhã.
As indústrias no mundo (e não seria diferente no Brasil) começam a buscar caminhos que possam reduzir, recuperar, reciclar seus resíduos, começando a rediscutir as formas de produção e os destinos dos produtos fabricados. Novos materiais, diferentes processos industriais, destinação correta para produtos pós-uso, são algumas das novas preocupações das indústrias, das universidades e centros de pesquisa.
Inovação passou a ser a nova palavra de ordem e muitas empresas e centros de pesquisa começaram a buscar soluções para os problemas nas questões ambientais. Muitas mudanças estão sendo propostas, a pressão da sociedade forçando o surgimento de novas atitudes e ações mais severas por parte de órgãos de fiscalização também estão ajudando na busca de novos caminhos.
É da ação conjunta entre empresas, sociedade, governos e ciência que nossa sociedade de consumo pode buscar novos caminhos, novas formas de produzir e de consumir e principalmente de como nossa sociedade precisa mudar para que possamos ter o equilíbrio necessário para a sobrevivência do planeta, o nosso lar.
O conceito de sustentabilidade veio para ficar, não temos como não nos preocuparmos com as questões ambientais e sociais do mundo moderno, e esta pode ser a grande diferença entre um mundo melhor ou não.