Barack Obama anunciou esta semana, em Washington, que irá lançar a agenda climática com novas metas para alcançar a redução das emissões de carbono. A medida é a alternativa que o presidente encontrou para contribuir com as ações sustentáveis do país, visto que a primeira tentativa foi frustrada pelo Congresso no primeiro mandato. O plano limita as emissões de carbono das usinas norte-americanas, enfrentando grande oposição das indústrias de carvão.
O presidente democrata envolve na proposta-chave as usinas que produzem energia, sendo que muitas delas operam com a queima de carvão, liberando um terço das emissões de gases intensificadores do efeito estufa no país. Obama determina que a Agência de Proteção Ambiental do país apresente, até junho de 2014, os limites de emissão de gás carbono, além disso, ele pretende ampliar os padrões de eficiência energética para eletrodomésticos. Depois das diretrizes impostas o país tem o prazo de um ano para a finalização.
Um relatório realizado por cientistas e empresários descreve o desenvolvimento de tecnologias para captura de gás carbônico na atmosfera e garantia da segurança da água como metas emergenciais. Além disso, o relatório apontou que é preciso abandonar uso do carvão e investir mais em tecnologias limpas, reconhecendo que a produção de gás de xisto tem papel importante na redução de gás carbônico a curto e médio prazo.
Uma promessa presidencial
“Com uma classe média mundial que consome cada dia mais energia, isso tem de ser, de agora em diante, mais um esforço de todas as nações e não de apenas algumas delas”, declarou Obama. O presidente ainda carrega um discurso promissor sobre a ação conjunta das políticas públicas no avanço das tecnologias que vão ponderar as possíveis mudanças climáticas. Alertou também a preocupação diante dos estragos causados pelo aquecimento global.
Dívida
Desde que o Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, países estudam e praticam medidas contra o aumento das emissões dos gases intensificadores do efeito estufa. Mas os Estados Unidos ficaram de fora do acordo, alegando que o acordo comprometeria o desenvolvimento econômico do país.
Mesmo tentando combater o aquecimento global da sua maneira, a agenda de Barack Obama não é bem vista no cenário político interno. Republicanos rebatem a iniciativa do democrata alegando que afetará a economia – mesmo discurso dado para a não participação do Protocolo de Kyoto.