Com o metro quadrado cada vez mais caro nas grandes cidades, valorizar a inteligência nas edificações não é só uma questão financeira, mas de consciência de valores como menor desperdício de energia, uso máximo da iluminação natural, geração de menor descarte de materiais na obra e, quando viável, prever futuras expansões que irão gerar menos reformas e impactos futuros. Afinal, a otimização de recursos também é um caminho para sustentabilidade.
Na arquitetura, potencializar espaços para atingir a máxima área produtiva, baixar custos e obter lucro é um grande desafio, especialmente nas edificações de saúde. Uma composição do orçamento, com logística e operacionalidade, deve se refletir num layout atraente e funcional e, ainda, cumprir as exigências da vigilância sanitária e inserir conceitos sustentáveis, sempre que possível.
Todo esse arranjo exige soluções estrategicamente calculadas para extrair o melhor rendimento possível dos espaços, estabelecendo prioridades. É um verdadeiro quebra-cabeça para viabilizar o negócio que atenda às normas na área de saúde e, ao mesmo tempo, seja adequado ao público-alvo.
É no layout que todas as peças devem se encaixar para alcançar o máximo de aproveitamento dos ambientes, pensando com racionalismo, foco econômico e visando a satisfação e comodidade da equipe e pacientes. O resultado deve ser um espaço prático e que funcione de maneira dedutiva. Esta inteligência do projeto passa pelo uso estratégico das cores nos móveis e paredes, baixo desperdício de material, circulação privilegiada, aproveitamento de todos os recursos estruturais do edifício, sempre buscando controlar ou diminuir os impactos ambientais e até mesmo o incômodo da vizinhança.
Hoje há recursos, através de bancos de dados próprios como os que temos em nosso escritório, que permitem medir a otimização do ambiente e induzir ao máximo o desempenho econômico do negócio, através do layout. É neste cenário que na padronização de redes, por exemplo, se ganha agilidade no projeto de novas unidades, mesmo em pontos comerciais diferentes como lojas de rua, shoppings, casas e prédios.
Pode-se dizer que a racionalidade é uma palavra-chave na arquitetura, mas é essencial um equilíbrio, pois não é possível abrir mão de criar espaços acolhedores e humanos e que agreguem aspectos que privilegiem a sustentabilidade.
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