O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) anunciou no começo de janeiro que alcançou na esfera global a neutralidade climática em suas operações em 2015. “Estamos comprometidos em minimizar o impacto ambiental de suas operações e alcançar a neutralidade climática”, afirma a administradora global do PNUD, Helen Clark.
O PNUD conduz, quase que anualmente, um inventário de operações relacionadas às emissões dos GEE (gases de efeito estufa) de sua sede, escritórios regionais e nacionais. As medições são realizadas para controlar e reduzir as emissões de carbono, bem como para medir a eficiência dos sistemas de energia, transporte, equipamentos de TI, entre outros.
Como resultado dessa iniciativa, até o momento, mais de 20 escritórios do PNUD instalaram ou estão em processo de instalação de sistemas de eletricidade fotovoltaica para reduzir a emissão de GEE e melhorar a segurança energética do escritório.
Ações em prol do meio ambiente
Enquanto alguns aspectos podem ser facilmente resolvidos com implantação de iniciativas sustentáveis, outros não têm tantas opções. É o caso das viagens aéreas e do aquecimento dos prédios, que não dependem do programa.
Para garantir a neutralização das emissões, o PNUD compra Redução Certificada de Emissão (RCEs) do Fundo de Adaptação estabelecido sob o Protocolo de Kyoto, uma espécie de crédito de carbono emitido pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para redução de emissões alcançadas.
O lucro obtido pelo Fundo de Adaptação por meio das vendas de RCEs é destinado a projetos que promovem o desenvolvimento econômico em algumas das comunidades mais pobres do mundo.
Para os próximos cinco anos, o PNUD prevê a continuação da compensação das emissões, enquanto reduz as emissões gerais em 10%.
Para entender…
A neutralidade climática é o processo de mensuração, redução e compensação das emissões dos gases de efeito estufa. Seguindo as práticas em geral, organizações como o PNUD avaliam as emissões de gases de efeito estufa, tomam atitudes para reduzir as emissões totais, e quando as emissões não podem mais ser evitadas, compram créditos que financiam projetos de mitigação da mudança global do clima.