Inspire profundamente e prenda seu fôlego enquanto lê esse artigo. Poucas linhas serão suficientes para relembrá-lo da importância do ar que respiramos e de que sua qualidade é responsabilidade de todos.
Infelizmente, os dados sobre as mortes decorrentes da poluição atmosférica são alarmantes:
• A Organização Mundial da Saúde publicou que em 2012 quase 7 milhões de vidas foram perdidas precocemente devido à poluição do ar.
• A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico estima que, mundialmente, a poluição atmosférica cause a morte de uma pessoa a cada 5 segundos.
• Pesquisadores da USP previram recentemente que, em 16 anos, a poluição do ar vai matar 256 mil pessoas no Estado de São Paulo, sendo 59 mil só na capital. Isso representa 6 vezes mais do que Aids ou três vezes mais do que acidentes de trânsito e câncer de mama.
Agora, se ainda assim esses números parecem distantes ou nebulosos, basta imaginar que algumas dessas mortes vão atingir uma, apenas uma pessoa que amamos, para que possamos perceber a real gravidade do problema.
O impacto na nossa saúde nos obriga a buscar maneiras de minimizar a emissão de gases poluentes nas cidades imediatamente. Muitas dessas medidas podem – e devem – ser implementadas dentro das empresas. Enquanto na Europa as corporações agem de forma proativa e determinada para reduzir sua pegada ecológica, no Brasil a mesma multinacional se contenta apenas em incluir nos rodapés de seus emails o clássico “antes de imprimir essa mensagem, pense no meio ambiente”.
Considere que, em uma cidade como São Paulo, que não possui queimadas de florestas ou fábricas com chaminés, praticamente toda a poluição vem dos veículos. Portanto, não dá para falar em desenvolvimento sustentável e respeito ao meio ambiente sem tratar de logística e mobilidade inteligente.
E é justamente aí que as empresas podem adotar uma atitude simples e eficaz: o uso de veículos não poluentes, como as bicicletas, para as entregas de produtos e documentos. Essa iniciativa tem enorme repercussão na qualidade de vida das pessoas, afinal, somente em São Paulo, existem mais de 220 mil motoboys despejando anualmente centenas de milhares de toneladas de diversos de poluentes ao nosso redor.
Estamos aprendendo a não desperdiçar água, a economizar luz, a fazer coleta seletiva, a consumir produtos recicláveis. É hora de exigir essa consciência das empresas nas quais trabalhamos e daquelas das quais adquirimos produtos e serviços.
Da próxima vez que for necessário o envio de documentos ou produtos, repense o seu papel e o de sua corporação na sociedade, pense mais no coletivo e no futuro – ou apenas na saúde de sua família – e opte pelos veículos não poluentes.
Lembre-se de que não somos donos desse planetinha azul, somos apenas seus inquilinos.