Ecovila
Foto: cdcc.usp

Imagine um lugar em que as pessoas interajam e vivam em harmonia com a natureza. Pois bem, este local existe em várias partes do mundo e leva o nome de ecovilas. Elas são definidas como comunidades organizadas para desenvolver atividades centradas no equilíbrio entre as pessoas e com o meio ambiente.

O conceito de ecovilas surgiu na Europa, em 1991, por meio de uma pesquisa de campo para identificar os melhores exemplos de comunidades sustentáveis ao redor do mundo. Vários países adotam a ideia e hoje as principais ecovilas no Brasil são a Clareando, no interior de São Paulo, Arca Verde e Karaguatá, no Rio Grande do Sul, da Mata e Caminho de Abrolhos, na Bahia, e Asa Branca, em Brasília.

Cada ecovila abriga em média de 30 a 500 pessoas, que possuem diferentes culturas e religiões. Um dos princípios fundamentais que une quem as habita é não tirar da Terra mais do que podemos devolver a ela. Além disso, é importante o relacionamento interpessoal baseado na solidariedade, na cooperação e na difusão das informações.

Muitos habitantes trabalham fora das ecovilas, enquanto outros desenvolvem todas as atividades no seu interior. Sendo comum produzirem os alimentos de forma orgânica, reaproveitarem a água e o lixo, além de utilizarem sistemas de energia renovável, tais como painéis solares, moinho de água ou biogás.

Estas comunidades sustentáveis, por sua vez, buscam produzir um baixo impacto ambiental, sendo realizadas várias pesquisas e experimentação de tecnologias “verdes”. As casas são inteiramente projetadas para que o desperdício seja mínimo, sendo utilizados materiais mais econômicos e ecológicos, muitos desses já caíram em desuso como a taipa, madeira e bambu, que pode substituir armações metálicas.

Até mesmo o transporte é pensado para agredir menos o meio ambiente. É grande o uso de bicicletas, o sistema de caronas e os combustíveis fósseis só são utilizados para percorrerem um trajeto longo. Todas essas práticas visam contribuir para o desenvolvimento sustentável e criar uma cultura com mais consciência em relação ao futuro.

Ecovila
Foto: cdcc.usp