A cada dia novas ideias sustentáveis ganham notoriedade e começam a integrar o cotidiano de uma pequena parte da população. A energia solar é uma dessas ideias que, já há algum tempo, tem conquistado um território cada vez mais sólido no mercado de produção de energia.
Ainda longe de ser uma realidade a nível nacional, a rede de energia solar brasileira contava com aproximadamente 680 sistemas fotovoltaicos até o meio de 2015, de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Para este ano, estima-se o crescimento da rede nacional em 300% na instalação de novos sistemas particulares de energia solar.
Com a procura popular aumentando consideravelmente, cresce também o interesse das pessoas em conhecer o processo de produção da energia e o funcionamento dos painéis fotovoltaicos. E estes se dividem em quatro tipos.
Painel solar de silício monocristalino
Conhecido como o painel pioneiro para o uso desta tecnologia, o painel solar de silício monocristalino (mono-Si) é hoje o mais eficiente, com média de 14% a 21%. Além de não ocuparem tanto espaço como os outros, e ainda obter os melhores níveis de eficiência, os painéis mono-Si apresentam melhor rendimento dentre todos os modelos em ambientes que não contêm boas condições de luz ou tempos mais fechados.
O modelo é famoso por abastecer o sistema de energia com vida útil superior a 30 anos, gerando um conforto a longo prazo para os seus usuários. Desenvolvido com características arredondadas, o painel de silício monocristalino se diferencia com uma cor forte e uniforme (por causa do silício).
Painel solar de filme fino
Os painéis de filme fino se caracterizam pela alta tecnologia e sensibilidade das placas. Basicamente o modelo é compreendido em películas com grande flexibilidade, baixo custo de material e boa performance para áreas com pouca atividade solar. Sua utilização é indicada para uso acoplado em superfícies (como metais e vidros, por exemplo).
Sem a mesma eficiência e longevidade dos painéis mono-Si, entre 7% e 13%, o painel solar de filme fino pode custar um pouco mais caro para a instalação, já que necessitará de um espaço maior para atuar e, consequentemente, um número superior de materiais.
Diferentemente dos outros tipos de painéis fotovoltaicos, este modelo pode ser caracterizado pelas variações existentes de materiais. São elas:
Silício amorfo (a-Si)
A versão se caracteriza pela baixa geração de energia e também por ser fabricado através da técnica de empilhamento (combinação de várias camadas de células solares de silício amorfo). O painel a-Si é normalmente encontrado em projetos de menor escala, já que sua eficiência é baixa (entre 6% a 9%) e o processo de empilhamento requer um investimento maior.
Telureto de cádmio (CdTe)
Com eficiência e produção mais regular (9% a 11%), o modelo CdTe é responsável por abastecer o setor de grandes usinas e campos solares. Isto porque o telureto de cádmio é uma das melhores escolhas, quando se fala em relação de custo e eficiência do painel.
Seleneto de cobre, índio e gálio (CIS / CIGS)
Neste painel, o usuário pode obter os melhores níveis de eficiência dos modelos de filme fino, de 10% a 13%. A tecnologia conta com menos quantidade de cádmio em sua composição, o que diminui a toxidade do equipamento.
Células fotovoltaicas orgânicas (OPV)
As placas fabricadas com este tipo de tecnologia utilizam um tipo de célula solar de polímero, que absorve luz e transporta cargas que produzem eletricidade através da luz solar. O processo é feito por polímeros orgânicos condutores e pequenas moléculas orgânicas. Os níveis de eficiência variam de acordo com o tamanho das placas e se destaca por seu material altamente flexível e de baixíssimo custo.
Painel de silício policristalino
Atualmente, o segundo painel com maior eficiência (13% a 16%), ainda que sua composição seja formada por diversos cristais – o que diminui o desempenho do equipamento. Sua tecnologia é uma das mais rentáveis e escolhidas por novos usuários, sendo muito valiosa na relação custo-benefício.
Uma das principais características dos painéis solares de policristalino é que sua vida útil é igual aos modelos monocristalinos. O formato quadrangular é também uma das especificações que marcam o modelo.
Painel solar híbrido
Por fim, o painel solar híbrido é uma das grandes novidades do mercado, e apresenta uma série de benefícios em sua escolha. Entretanto, o modelo ainda não está disponível para comercialização. Novas características e variações prometem aprimorar o equipamento nos próximos anos, que, hoje, já apresenta grandes números de eficiência (23%) e maiores níveis de produção para áreas menores.
O painel representa uma grande evolução, já que tende a produzir ainda mais energia para períodos com alta temperatura solar (uma característica fundamental para o território brasileiro).
Através de cada um dos painéis e suas especificações, fica mais fácil identificar qual dos modelos a necessidade do usuário se encaixa. A expectativa é de que novos adeptos possam aderir ao aproveitamento de energia solar nos próximos anos e o país avance seu desempenho na resolução de questões renováveis.