O Natal chegou e, junto com ele, as reuniões familiares, luzes, árvores de natal, e presentes embaixo dela, comidas e viagens. A maioria das pessoas adora esta época de renovação de objetivos e de esperanças para o ano novo que bate à porta.

Para alguns ambientalistas, no entanto, o Natal é um dos maiores desastres ambientais anuais do mundo: compramos desnecessariamente, usamos mais eletricidade, geramos mais resíduos, usamos mais plástico, gastamos mais papel para embrulhar presentes, toneladas de alimentos são desperdiçados e milhões de árvores são cortadas e, em seguida, vão para o lixo.

Um estudo sugere que, durante a temporada de férias, cada pessoa produz quase 700 quilos a mais em emissões de CO2. Isso é equivalente a cerca de três semanas dirigindo ou, pior, quase 4% de toda a pegada média de carbono anual de um indivíduo.

Toda a cadeia de consumo aumenta em épocas festivas e isso se traduz em elevados custos não só ambientais, mas também sociais e econômicos. No Natal, tudo isso atinge uma escala exponencial. Mas será que a gente sabe onde é que todo esse excesso vai parar?

A árvore de verdade ou artificial?

Em primeiro lugar, é um erro pensar que comprar uma árvore artificial nos torna mais amigos do ambiente. Uma versão média de dois metros de altura tem uma pegada de carbono equivalente a cerca de 40 kg de emissões de gases de efeito estufa, que é mais do que o dobro de uma árvore de verdade.

A base para a fabricação desta árvore é o plástico, feito a partir do petróleo. Só aí constam dois terços da pegada de carbono deste item. Além disso, frequentemente, elas são enviadas para longas distâncias antes de chegarem às lojas e, em seguida, às residências. Ou seja, mais emissões geradas pelo deslocamento.

Energia

O consumo de energia no Natal é muito maior do que no resto do ano. Um dos principais gastos vem da iluminação, a começar pelas ruas, lojas e luminárias decorativas das casas.

A quantidade de dióxido de carbono gerada nesse cenário a cada ano pode abastecer 15.500 balões de ar quente.

Desperdício de comida

Mais do que qualquer outra época do ano, é no Natal que acontece o maior desperdício de alimento. 70% das pessoas admitiram que compram comida extra nesta época.

Só no Reino Unido, os hábitos alimentares natalinos causam a mesma pegada de carbono de um único carro que viaja 6.000 vezes ao redor do mundo.

Presentes

De acordo com estudos ambientais, 41% dos brinquedos ou presentes comprados durante o Natal estarão quebrados até março – o que fará com que a maioria vá parar diretamente no lixo. Também é assustadora a quantidade de papel de embrulho para embalar todo esse excesso: o suficiente para embrulhar o planeta nove vezes.

No nível socioeconômico, a desigualdade é intensamente marcada durante as férias. Levando em consideração que por um lado a obsessão é gerada pela compra de presentes, por outro, milhares de trabalhadores que fizeram os produtos a serem consumidos estão em situação de pobreza, exploração, e provavelmente nunca poderão comprar os produtos que eles próprios produziram.

Por muito tempo o Natal foi sinônimo de extravagância. Porém, o mundo que vivemos atualmente não tem mais espaço para a falta de preocupação com o meio ambiente. É preciso pensar em um consumo consciente no Natal. O espírito natalino vai muito além de compras excessivas para presente, ele começa com atitudes simples que estão ao alcance de todos! E lembre que incentivar o consumo consciente das crianças é o primeiro passo na busca de um futuro mais sustentável e melhor para você e sua família.

Fontes: Marketing Week | OECD