Os consumos de água e energia, dentro da gestão dos recursos em saúde, são cruciais e muitas vezes caminham juntos. Mesmo não gerando custos diretos, como produtos e serviços, não é uma tarefa fácil reduzir estas despesas sem causar impactos na rotina da operação e no atendimento aos pacientes.
Afinal, estes altos consumos acontecem diariamente e estão atrelados à necessidade de manter vários equipamentos ligados ao mesmo tempo, por 24 horas diárias e 7 dias por semana, para proporcionar um bom atendimento, bem como boas condições sanitárias e higienização das instalações.
Por considerar justamente essas peculiaridades do ambiente hospitalar, os projetos focados em arquitetura em saúde têm criado soluções para minimizar potenciais desperdícios e otimizar o uso destes recursos, em especial os hídricos. Tanto em uma nova construção, reforma ou retrofit, este conceito sustentável deve estar inserido no projeto.
O uso de louças e metais economizadores de água, modernização da estrutura hidráulica e reuso da água de chuva são estratégias eficazes que reduzem o consumo, além de serem fundamentais na implementação em edificações que visam uma certificação como a LEED.
Este é um processo que precisa ser integrado entre objetivos da instituição, desenvolvimento do projeto arquitetônico por uma equipe multidisciplinar e resultados. Porém, esta busca de alternativas para um orçamento equilibrado nos gastos hídricos, com eficácia, não deve colocar em risco a segurança dos pacientes e a qualidade no atendimento.
É, portanto, necessário pensar em longo prazo, com planejamento para implantar medidas permanentes compatíveis com os avanços tecnológicos na área hídrica e inseridos de forma inteligente na área de saúde.
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