Geladeiras são os eletrodomésticos que mais gastam energia dentro de uma residência. De uso fundamental, acabamos por nos esquecer o quanto esses gastos são representativos para nosso bolso e para o meio ambiente. Pensando nisso, inúmeros cientistas e designers tentam desenvolver tecnologias de baixo gasto energético para os refrigeradores e garantir um futuro mais sustentável sem abrir mão de fartura e conforto.
Esse é o caso do designer russo Yuriy Dmitriev. Ele criou um aparelho de gel fresco capaz de garantir o resfriamento dos alimentos armazenados. O aparelho batizado de Bio Robot Refrigerator foi um dos finalistas da Electrolux Design Lab, uma competição que tem por objetivo revelar projetos de aparelhos modernos que tenham aplicabilidade em um futuro próximo.
O aparelho de gel se encaixa dentro da geladeira que não mais necessita de motor ou outra tecnologia para gerar o resfriamento. Ele faz todo o trabalho sozinho e pode ser montado na vertical, horizontal ou, até mesmo, no teto. Esse gel se espalha pela área escolhida e, para que o alimento seja resfriado, só é preciso que ele seja inserido dentro do gel que é feito a base de biopolímeros, não possui odores, não contamina os alimentos e não tem textura “pegajosa”.
O alimento fica em suspensão, envolvido pela massa de gel. Dmitriev explica que os responsáveis pela refrigeração são os “robôs bio” que estão presentes no gel e usam a luz gerada em temperaturas frias para conservar os alimentos. O conceito pode parecer um pouco complicado e extremamente “high tech”, mas seu desenvolvedor garante que sua aplicabilidade é possível em um futuro próximo.
Engenhoso, divertido e com um design que atribui beleza aos refrigeradores, a melhor qualidade dessa invenção definitivamente é o fato de ela não utilizar nada de energia para o resfriamento dos produtos. O aparelho de gel só precisa de uma quantidade ínfima de energia para um bloco de controle que vem atrelado a ele e garante que seu funcionamento esteja em situação normal. Enquanto geladeiras comuns, mesmo as mais modernas, representam cerca de 8% dos gastos com energia de uma família americana média, essa tecnologia vem como uma revolução sustentável.