Todo indivíduo defende suas próprias ideias. Com as empresas não é diferente. E quando o assunto é sustentabilidade abre-se espaço para uma discussão que segue caminhos surpreendentes. Não basta apenas plantar árvores, reciclar lixo e reduzir a poluição. Todas estas ações se somam, mas sustentabilidade envolve um conceito maior.
Temos que pensar sim no ecologicamente correto, mas não podemos esquecer o economicamente viável e o socialmente justo e, por que não, incluir o culturalmente aceito? Afinal, as necessidades e visões neste universo não são unânimes.
Tanto para as pessoas como para empresas, são fundamentais atitudes que se incorporem ao cotidiano e se entendam estes novos valores. Não é raro pensar “porque tenho que apagar a luz toda vez que não estou naquele espaço ou pintar as paredes de branco para melhorar a iluminação e abrir janelas para diminuir o consumo de ar condicionado?”. Vai fazer mesmo diferença? Estas simples mudanças impactam num menor consumo e no bolso. É pouco? Não, se for o primeiro passo para um consumo mais consciente e que nos motive a ter uma renovação de hábitos. Para as empresas, este olhar está inserido na gestão e extrapola para seus colaboradores, comunidade e relações comerciais.
Se pensarmos nestes dois agentes de transformação — o homem e a empresa — será fácil perceber que, com suas mudanças no dia a dia, o indivíduo poderá interferir no comportamento das empresas. É um trabalho de “formiguinha” para mover obstáculos gigantes, pois ainda há os que acham que nada acontecerá e que os recursos naturais são eternos e vão pagar pra ver. Mas, felizmente, existem os que se mobilizam todo o tempo para conscientizar seus pares, sua vizinhança, quem está ao seu lado no trabalho, na escola e na rua.
Hoje se percebe um movimento mais atuante das empresas como um pensamento estratégico quando o assunto é sustentabilidade e maneiras de diminuir os impactos de sua atuação. Se não fizerem nada agora, o futuro destas empresas corre um sério risco potencial muito grande. Não é possível mais esperar que os danos aconteçam para depois corrigi-los. Mesmo porque os danos já acontecem e já são visíveis, mas muitos não enxergam. Uma denúncia ou catástrofe ambiental pode por fim a um negócio construído por anos. Esta consciência vai além, e os edifícios inteligentes e sustentáveis se inserem nesta visão global do negócio. Há menos de 10 anos não havia esta preocupação tão clara, assim como não era uma preocupação do consumidor reconhecer um empresário que está contribuindo com a sustentabilidade do planeta. Hoje essas ações agregam valor às marcas.
Se ainda há quem não se preocupa com coisas simples como embalagens, desperdício, reciclagem, há os que estão arregaçando as mangas e trabalhando a favor de um mundo mais sustentável que começa dentro de casa e nos bastidores das empresas. Neste cenário é importante que haja críticas, conversas e troca de experiências em todas as proporções. É preciso mobilizar. São atitudes de base, de educação e porque não de convencimento, que se dirigem para uma responsabilidade compartilhada indivíduo-empresa. Sempre haverá descrédito, contrapontos, mas se não se começa não se chega a lugar algum.