Se antes era questão de modismo, hoje ser ecologicamente correto é questão de necessidade. As ações de grandes empresas, alianças de governos nacionais e internacionais e a participação de ONGs ativamente em projetos socioambientais que visam a redução de impactos são importantes e reconhecidos mecanismos que colaboram com o desenvolvimento sustentável.
Sem grandes pretensões e ainda de maneira tímida, as escolas sustentáveis também vêm desempenhando papel importante nesse cenário de mudanças. Sem muitas pretensões, reformas estruturais ou grandes investimentos, o modelo educacional vem para acompanhar as mudanças de hábito do mundo e garantir uma transformação mais eficiente.
O modelo prevê algumas pequenas transformações de valores e atitudes cotidianas, como descarte correto de lixo, campanhas de reciclagem, gestão de tempo e de recursos, ampliação da área verde, melhor uso de água e energia, entre outros. Para garantir o sucesso, o envolvimento de alunos, funcionários e famílias do entorno nas ações é de extrema importância.
Além disso, as escolas sustentáveis trabalham com um modelo de aulas que envolvem discussão sobre questões ambientais, permitindo assim um olhar diferente dos alunos perante os problemas enfrentados. Atividades complementares também são implantadas para que as discussões possam ser enriquecidas e os alunos possam colocar em prática o aprendizado.
Não há uma receita certa de como fazer uma escola sustentável. Mas especialistas acreditam em algumas diretrizes que podem ajudar a trilhar o caminho de quem tem interesse em implementar o modelo:
• Tenha coerência. É preciso estabelecer uma relação entre a teoria do que se faz em sala de aula e a ação que deve ser colocada em prática no cotidiano da instituição;
• Comunique. As experiências devem ser compartilhadas, já que o segredo do sucesso é o apoio de todos – comunidade, ONGs, empresas, entre outros;
• Mobilize. É preciso mobilizar os públicos de interesse, como diretores, coordenadores, professores, entre outros, para que a sustentabilidade seja construída de maneira eficiente e se torne parte da cultura da escola;
• Tenha paciência. Transformar a escola e os hábitos leva tempo e é um processo constante e crescente, com idas e vindas;
• Seja democrático. Para se construir uma escola sustentável é preciso saber que nada se faz de cima para baixo e que a opinião de todos é importante para a construção de um lugar mais verde. Ou seja, ouça, dialogue e entenda todos os pontos de vistas e os vários setores e interesses envolvidos;
• Tenha criatividade. Não há formulas ou soluções certas e erradas. Cada escola encontrará o seu caminho;
• Vá além da coleta seletiva. Não se contente apenas com a implantação de ações como a coleta seletiva. Embora seja um bom começo, a escola sustentável deve ter ações que envolvam todos os níveis da responsabilidade social;
• Trace metas. Estabelecer metas torna o trabalho mais eficiente já que as ações são estabelecidas dentro de objetivos fechados;
• Não tenha medo e nem desista.