iStockphoto.com / celsopupo Várias medidas devem ser tomadas para a cidade planejar o desenvolvimento com menos emissões de carbono.

O aquecimento global, como já publicamos aqui no portal, é uma das grandes preocupações dos líderes globais e de toda a sociedade no século XXI. Muitos esforços vêm sendo realizados para tentar amenizar as causas que elevam a temperatura média global em todo o planeta, como no caso das emissões de gases poluentes. A COP21, que foi realizada em Paris, é um bom exemplo de como estamos no caminho certo, porém também revela que ainda temos muito a caminhar em busca da emissão zero de gases causadores do efeito estufa. Aqui no Brasil, algumas medidas já estão sendo tomadas.

A prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou à imprensa durante a COP21 que pretende reduzir à zero o nível de emissão de gases de efeito estufa. A administração fluminense traçou o projeto até 2065. Segundo comunicado feito pelo prefeito Eduardo Paes aos líderes mundiais reunidos em Paris, a cidade maravilhosa tem o ousado objetivo de se tornar a primeira cidade de um país em desenvolvimento a integrar a principal iniciativa de redução de emissão de gases poluentes, a Carbon Neutral Cities Alliance. Até a realização da COP21, 17 cidades ao redor do mundo fazem parte deste seleto grupo.

Cidade maravilhosa: metas ambientais

iStockphoto.com / cocogelado Expandir a malha cicloviária é um dos objetivos da prefeitura do Rio de Janeiro.

“Haverá metas setoriais na área de resíduos, de transportes e urbanismo e meio ambiente e acho que vamos chegar lá. A prefeitura tem um papel limitado no esforço de descarbonizar toda a economia do Rio de Janeiro e queremos trabalhar junto com as organizações do setor privado para montar um plano em conjunto”, avaliou Rodrigo Rosa, assessor especial do gabinete do prefeito. Ainda segundo Rosa, a meta é, sim, audaciosa, mas pode ser alcançada com participação da iniciativa privada.

A respeito do saneamento básico, a prefeitura do Rio de Janeiro pretende alcançar o serviço a 80% das residências municipais até 2020. A administração fluminense também anunciou aumento de 40% até 2020 na área de preservação de cobertura vegetal da Mata Atlântica.

Soluções

Segundo relatório apresentado por Paes, o principal motivo da emissão dos gases de efeito estufa na cidade é o deslocamento de carros, motos, caminhões e ônibus, o que representa 31% do total das emissões. Como alternativa para tentar amenizar este quadro preocupante, a prefeitura pretende expandir em 135km a rede cicloviária (hoje é de 380km) até 2020, assim como também impulsionar deslocamentos menos poluentes até 2050 em 80%.

Outro ponto discutido é coleta do lixo, que passará a ser (pelo menos está no projeto) mais sustentável através de frota que utilizará combustível verde. Usinas de geração de energia pela técnica de compostagem e a criação de áreas verdes a cada 15 minutos de caminhada em áreas residenciais, também fazem parte do projeto.