Em 2008, quatro estudantes de engenharia de Harvard tiveram a ideia de criar um produto com o conceito de diversão, tecnologia e sustentabilidade que fosse levado para o Quênia, Nigéria e Libéria, países pobres que não possuem acesso à energia elétrica na maior parte da população. Duas delas, Jessica Matthews e Julia Silverman levaram a sério o projeto de uma bola de futebol, que seria uma fonte de energia limpa capaz de gerar energia para aparelhos eletrônicos.
A bola de futebol Soccket começou a ser vendida em 2012 pela Uncharted Play, empresa coordenada pelas engenheiras. Ela consegue carregar celulares e lâmpadas de LED pela energia gerada quando está em movimento (energia cinética). O gerador de energia funciona com tecnologia de bobina indutiva – parecida com aquela que faz a lanterna ascender quando ela é chacoalhada. A Soccket armazena três horas de carga com apenas 15 minutos de movimentação.
A invenção foi pensada para atender uma população que têm pouco acesso à energia elétrica – como é o caso da Nigéria que abriga aproximadamente 1,4 milhões de habitantes sem este privilégio básico – e que possui grande paixão pelo futebol. “Com esse entendimento sobre o poder desse jogo, começamos a desenhar o primeiro protótipo”, explica Jessica. Assim, depois das crianças brincarem o dia todo com a bola, à noite elas conseguem uma luminária para clarear o ambiente na hora de estudar.
A bola que gera eletricidade ainda não está à venda para consumo. A proposta é que a invenção seja vendida pelo site da empresa das inventoras no valor aproximado de US$ 60 e doada para grupos sugeridos por elas.
Entenda melhor como funciona a tecnologia da Soccker com este vídeo de divulgação: