Ao longo dos últimos anos, uma série de iniciativas foram criadas com o objetivo de diminuir e, em alguns casos, até substituir o uso de combustíveis fósseis. Tido como um dos principais responsáveis por toda poluição gerada nas cidades, os combustíveis fósseis se destacam, principalmente, pela maneira como contribuem com a emissão de gases de efeito estufa.
Com o intuito de reduzir os níveis de poluição produzidos pelos caminhões de carga que circulam por todo o país, o governo da Suécia, em parceria com a empresa alemã Siemens, apresentou um projeto que tem tudo para transformar a relação do planeta com o problema dos combustíveis fósseis.
Trata-se da criação de “autoestradas elétricas”, em que toda energia necessária é fornecida através de um sistema de rede elétrico similar aos usados por trens em todo o continente. As novas autoestradas suecas, que, inclusive, já estão em fase de testes, são as primeiras em todo o planeta a contar com este tipo de tecnologia.
O objetivo do país é fazer com que, até 2030, o setor de transporte elimine a utilização de combustíveis fósseis – já que a atividade é responsável por cerca de 15% da emissão nacional de dióxido de carbono.
O primeiro trecho de “EHighway”, nome dado às novas autoestradas elétricas, foi inaugurado recentemente e já conta com um trajeto de dois quilômetros. O percurso faz parte da autoestrada E16, que corta o território nórdico de leste a oeste, localizado ao norte de Estocolmo.
“Grande parte dos produtos que são transportados na Suécia passam por estradas. As autoestradas elétricas oferecem a possibilidade de libertar os caminhões da dependência do combustível fóssil”, explica o chefe de estratégia da Administração Sueca de Transporte, Anders Berndtsson, em entrevista ao site da BBC.
Para utilização da energia fornecida pelas EHighways, os veículos precisarão instalar uma espécie de pantógrafo inteligente, que se conecta à rede elétrica quando o carro entra no percurso. Quando o motorista opta por trocar de faixa, o equipamento se desconecta automaticamente da rede elétrica, facilitando a integração entre o trecho e todo o resto da pista – fazendo com que os automóveis voltem a utilizar combustível comum.
“Com a tecnologia, o consumo de energia se reduz à metade, e a contaminação ambiental local diminui”, destaca Roland Edel, engenheiro chefe do departamento de mobilidade da Siemens, em entrevista ao site da BBC. A expectativa é de, em poucos anos, construir estradas já com a nova tecnologia.