O sistema empregado para a gestão de resíduos no país é muito eficiente e começou a ser aplicado ainda na década de 1970. A reciclagem se faz presente em todos os setores. Pessoas e empresas separam adequadamente seus lixos e fabricantes se responsabilizam pelo recolhimento dos resíduos pós-consumo originados por seus produtos.
O país acaba até mesmo importando lixo de outras nações para garantir a sua produção de energia. Conforme informado em reportagem do jornal Huffington Post, são 32 usinas especializadas no aproveitamento da biomassa para a produção de eletricidade.
As autoridades do país perceberam no lixo um potencial de negócio. Encarar o problema dessa forma ajudou a diminuir o descarte. A medida, além de amiga do meio ambiente, resolve problemas como a falta de espaço para o descarte de resíduos e a energia.
Antes de o lixo ser incinerado, tudo o que pode ser reciclado é reaproveitado. Apenas o que sobra é destinado para a produção de energia. Essa opção energética é tão eficiente que mesmo comparada com aquelas que utilizam os combustíveis fósseis ainda é uma boa opção.
De acordo com Göran Skoglund, porta-voz da Öresundskraft, uma das principais empresas de energia da Suécia, cada três toneladas de lixo é capaz de produzir a mesma quantidade de eletricidade que uma tonelada de petróleo.
As usinas contam com incineradores que queimam os resíduos. Essa queima gera vapor que consegue girar grandes turbinas. Por fim, as turbinas, ao girarem, produzem eletricidade que é distribuída pelas redes de transmissão.
A queima dos resíduos representa dois milhões de toneladas de resíduos que se convertem em energia por ano. Com altos índices de reciclagem e reutilização e com esse método de produção de energia a Suécia consegue deixar de consumir 670 mil toneladas de petróleo e outros combustíveis fósseis ao ano.