O termo commodity – que em inglês significa “mercadoria” – se refere a produtos em estado bruto, considerados matérias-primas fundamentais para a produção industrial e de grande importância para a economia internacional. Petróleo, soja, café e minérios são alguns dos produtos que compõem a lista de commodities.
No mercado financeiro, as commodities são classificadas em agrícolas, minerais, financeiras e ambientais. As commodities ambientais – ou ecommodities –, criadas diante da preocupação mundial com o esgotamento dos recursos naturais, são mercadorias originadas destes recursos, produzidas em condições sustentáveis, com base na preservação do meio ambiente.
Divididas em sete matrizes – água, energia, minério, biodiversidade, madeira, reciclagem e controle de emissão de poluentes (água, solo e ar) –, as commodities ambientais são insumos essenciais para a produção industrial e agrícola, e acima de tudo, vitais para a nossa sobrevivência. Sua produção segue as exigências de conservação ambiental, através de processos sustentáveis, que visam a compensação de perdas e a diminuição dos impactos provocados pela exploração dos recursos.
Com a vantagem de concentrar quase 20% de toda a diversidade biológica mundial, o Brasil ganha destaque no cenário econômico mundial com as commodities ambientais. O projeto BECE – Brazilian Environment Commodities Exchange ou Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais – tem incentivado a produção sustentável assim como a valorização das comunidades e organizações envolvidas nestas atividades.
Além de revelarem uma preocupação fundamental com o futuro do planeta, as commodities ambientais são mercadorias negociáveis, de alto valor. Segundo economistas, elas possuem “liquidez”, ou seja, despertam o interesse tanto dos produtores quanto dos compradores, dispostos a pagar um preço mais alto pela garantia de sustentabilidade.