O termo bioética se propagou no mundo a partir da década de 70, quando o bioquímico e oncologista americano, Van Rensselaer Potter, lançou o livro: “Bioética: Ponte para o Futuro”. Mas foi bem antes, em 1927, que o tema surgiu, quando o pastor alemão, Paul Max Fritz Jahr, publicou um artigo na imprensa alemã discutindo o assunto, intitulado: “Bioética: uma revisão do relacionamento ético dos humanos em relação aos animais e plantas”.
A palavra de origem grega – bios (vida) e ehtos (ética) – tem por definição ser um estudo amplo que envolve biologia, medicina, filosofia e o direito. Bioética veio para colocar a relação da vida humana, vegetal ou animal acima dos avanços tecnológicos e científicos.
O grande choque para a população mundial, que serviu para fazer valer o uso da ética em favor da vida e, assim, tornar os seres humanos, os animais e as plantas focos essenciais e primordiais, onde a tecnologia e ciência deve se adequar e não o inverso, foi durante o grande holocausto, que aconteceu durante a 2ª Guerra Mundial, quando foi mostrada a forma como médicos nazistas tratavam e testavam todo tipo de substâncias de modo abusivo nos presos de guerra, principalmente, nos judeus.
A bioética surgiu em um momento em que era preciso humanizar as relações entre as pessoas, levando em conta as necessidades biológicas e culturais do ambiente onde as práticas e conceitos são aplicados, sem permitir que sejam ultrapassados os limites sociais e ambientais para o sucesso de experiências científicas e tecnológicas. Como um limite a ser respeitado pelas áreas envolvidas.
Polêmicas
O tema envolve assuntos que geram debates e desacordos que englobam questões médicas, políticas, religiosas e legais que são capazes de definir bem o que significa a bioética nos dias atuais, como: aborto, transgênicos, células tronco, fertilização in vitro, clonagem, eutanásia e ética médica. Até onde a ciência, o direito e a tecnologia podem ir e como, filosoficamente falando, podem ser definidos?
A bioética tem por definição gerar estudos, levantar polêmicas, mas, acima de tudo, eliminar toda e qualquer brecha que venha causar falhas ou agressões à vida humana e ao meio ambiente, através dos avanços médicos, tecnológicos e científicos.