Em meados de março, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Amazonas Energia, anunciou a aprovação das condições especiais de financiamento para projetos de produção renovável de energia em áreas isoladas da região amazônica.
Segundo o BNDES, o estado amazonense tem hoje cerca de 225 usinas a diesel, com capacidade de geração de 683 megawatts (MW), que registram, ano após ano, o consumo de 687 milhões de litros do combustível. Em outras palavras, isto significa dizer que estas usinas são responsáveis pela produção de 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), além de emitir outros gases danosos (NOx e SOx) e poluir os rios locais.
Através da iniciativa, os itens financiáveis dos projetos terão à disposição 15% dos recursos utilizados no Fundo Nacional de Mudanças do Clima, com taxa de 1% ao ano. Para isto, é necessário que os materiais financiáveis sejam licitados na Segunda Etapa do Leilão 00/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que acontece no dia 11 de maio.
De acordo com notícia publicada na Agência Brasil, “o financiamento pode ainda ser complementado em taxa de juros de longo prazo (TJLP), cuja taxa atual é de 7,5% ao ano, até o percentual de 80% previsto nas novas políticas operacionais do BNDES. Os projetos de energia solar e micro, pequenas e médias empresas que usarem os recursos do Fundo Clima poderão complementar o financiamento com mais 65% em TJLP e as demais fontes renováveis, como eólica e biomassa, em até 55%”.
O BNDES afirma que pelo menos 36 projetos de energia renovável já estão inscritos para participar do leilão da Aneel. No total, o Fundo Clima poderá reservar até 200 milhões de reais para financiamento destes empreendimentos, que, por sua vez, terão o prazo de até dois anos para utilizar os recursos após a realização do leilão. O Contrato de Compra e Venda de Energia terá prazo de até 15 anos.