istock.com / SuwanPhoto Hoje no país segundo o Ibama, são traficados 60% dos animais presentes na natureza.

A rede de tráfico de animais silvestres movimenta muito dinheiro em mundo todo. No ranking dos tráficos, ele fica na terceira colocação — atrás apenas do tráfico de drogas e o tráfico de pessoas. O Brasil, que possui uma das maiores biodiversidades do planeta, está entre os países com maior quantidade de animais silvestres traficados, sendo que as espécies mais visadas são os diversos tipos de pássaros, micos e saguis do País.

Por ano, cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados de seus habitats para alimentar a rede de tráfico de animais. De acordo com o Ibama, 60% dos animais traficados abastecem o comércio interno, enquanto o restante é destinado ao mercado internacional. Esses animais são vendidos para colecionadores, zoológicos clandestinos, biopirataria, pet shops e fabricantes de produtos que utilizam pele, penas, ossos e outras partes de animais.

Quais ações podem ser desenvolvidas para evitar o tráfico de animais?

Políticas públicas

Cabe aos agentes públicos combater o tráfico de animais silvestres. Isto é possível por meio do aparelhamento dos órgãos policiais e ambientais. Isso porque, sem estrutura, a fiscalização não é eficiente.

A sociedade precisa cobrar dos gestores públicos de ações mais efetivas contra os crimes ambientais. É importante capacitar agentes sociais multiplicadores de informações sobre educação ambiental.

Denúncia

A sociedade tem um papel importante no combate ao tráfico de animais silvestres. Cabe à população denunciar os traficantes à polícia os traficantes, bem como apontar criações e comércios ilegais de animais silvestres. As autoridades policiais precisam dessa colaboração para desmontar redes de tráfico. Ligue para 0800 61 80 80 (Linha Verde Ibama).

Compra legal

É possível criar algumas espécies de animais silvestres dentro da lei. Para isso, é fundamental buscar orientação junto ao Ibama e a Polícia Ambiental. Antes de comprar é importante verificar se o vendedor possui licença ambiental e se ele fornece toda a documentação do animal, bem como a nota fiscal. Sem documentação oficial, não há como legalizar o registro do animal e isso poderá gerar apreensão, multa e até prisão.

Verificação da origem de produtos

Muitos animais silvestres são capturados ilegalmente para a fabricação de variados produtos que utilizam pele, ossos e pena como matéria-prima. Quem compra esses objetos está ajudando a sustentar o tráfico de animais silvestres. Vale destacar que a responsabilidade ambiental é uma arma poderosa contra o tráfico, então sempre saiba o que você está comprando.